quarta-feira, 20 de junho de 2007

Tango no Olímpico, Riquelme faz show


Paolo Jabaquara
foto: Fernando Pilatos/Gazeta Press
Estrela de Riquelme brilha, Boca Juniors hexacampeão da Libertadores da América. Já era previsível a conquista do Boca, apesar de ser dentro do estádio Olímpico, a própria casa do Grêmio, por 2x0. O resultado, drástico, foi necessário para comprovar o absolutismo do Boca Juniors na América. Grêmio teve raça, porém não conciliou a raça com a técnica, além de não possuir um craque no time, foi injustiçado pela arbitragem no 1º jogo na La Bobombonera. A verdade é uma só, nenhum time brasileiro teria condições de ganhar do Boca na Libertadores, exceto o Santos de Luxemburgo e Zé Roberto. Boca Juniors vem embalado por 2 títulos internacionais, Sul-americana e Recopa das Américas. Já o motivado Grêmio, vem da 2ª divisão do campeonato brasileiro, conquistou o campeonato estadual, tem uma boa campanha no brasileiro. Já que, tanto Boca quanto Grêmio vem de bons momentos no futebol, ambas equipes tem raça e torcida que empurram o time, o que levou o Boca a ser campeão? A resposta tem três palavras: “Juan Roman Riquelme”, o melhor jogador da Argentina, depois de Maradona é lógico.
No Brasil pós-Pelé, apareceram diversas promessas para chegar aos pés do Rei, como Zico, Romário, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho e Robinho. Mas nenhum desses é comparável ao Rei. Como definir um craque? Aquele que tem a camisa 10 e ganha títulos? Não é bem assim, segundo o fraco técnico Carlos Alberto Parreira o craque “é aquele que, na hora da decisão, mesmo o time passando por uma situação difícil e de pressão, um jogador brilha, esse é o craque”, afirma.
Grêmio teve raça, porém não conciliou a raça com a técnica, além de não possuir um craque no time, foi injustiçado pela arbitragem no 1º jogo na La Bobombonera.
Seria justo fazer uma comparação entre Maradona e Riquelme? Exagero?? Claro que não! Diferente do Brasil, a Argentina precisa de um “craque” pós-Maradona. Algumas promessas surgiram, como D’Alessandro, Carlos Tevez, Lionel Messi. Mas apesar da torcida, nunca deixaram de ser apenas “bons-jogadores”. O melhor jogador argentino, depois de Maradona, é de fato Riquelme, o Príncipe do Tango no Futebol.

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