quinta-feira, 28 de junho de 2007


Rádios Comunitárias: Coronelismo eletrônico de novo tipo (1999-2004)


RÁDIOS COMUNITÁRIAS
O coronelismo eletrônico de novo tipo (1999-2004)

Por Venício A. de Lima e Cristiano Aguiar Lopes

As rádios comunitárias existem entre nós desde a década de 1980, muito antes de serem regularizadas em 1998. Mais recentemente elas têm ocupado com freqüência as páginas e o espaço da grande mídia. Delas se tem notícia por supostas interferências no nosso caótico tráfego aéreo ou quando a Polícia Federal e a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) executam as constantes ordens de apreensão de equipamentos transmissores e a prisão de operadores de rádios não-legalizadas.

As rádios comunitárias legalmente autorizadas, exploradas por associações e fundações, deveriam ser um dos mais importantes instrumentos para a efetiva democratização da comunicação no Brasil. Nelas deveria ser exercido o direito à comunicação por aqueles que, em geral, não o têm – até porque, muitas vezes, o desconhecem. Infelizmente, não é o que acontece.

Primeiro, porque a lei que regularizou as rádios comunitárias é excludente. Ela mais dificulta do que facilita o exercício do direito à comunicação. E, segundo, porque o processo de outorga para funcionamento de uma rádio comunitária é um interminável e tortuoso caminho que poucos conseguem percorrer. Existem milhares de pedidos de outorga aguardando autorização para funcionamento no Ministério das Comunicações.

Prática corriqueira

A hipótese de que as rádios comunitárias se transformaram em instrumento de barganha política, configurando uma prática a que chamamos de "coronelismo eletrônico de novo tipo", foi a orientação básica para o desenvolvimento da presente pesquisa – uma realização do Instituto Para o Desenvolvimento do Jornalismo (Projor), com apoio da Fundação Ford.


Durante mais de 18 meses trabalhamos na construção de um banco de dados com informações sobre 2.205 rádios autorizadas a funcionar pelo Ministério das Comunicações (isto representa 80,44% das rádios que já haviam sido autorizadas até janeiro de 2007).

Em seguida, conseguimos realizar uma série de levantamentos com dados aos quais não se tem acesso público, dentre eles: estatísticas referentes ao número de processos autorizados pelo Ministério das Comunicações e aos processos encaminhados pela Presidência da República – Casa Civil/Secretaria de Relações Institucionais (SRI) ao Congresso Nacional; quadro estatístico com o número de outorgas concedidas individualmente pelos ministros que ocuparam o Ministério das Comunicações durante o período estudado; cálculo do tempo médio de tramitação dos processos na Presidência da República – Casa Civil/SRI; cruzamento dos dados referentes aos tempos de tramitação na Presidência da República – Casa Civil/SRI com os dados do banco de dados "Pleitos" (programa de cadastro e apreciação dos pedidos de “acompanhamento de processo” encaminhados por políticos ao Ministério das Comunicações); e cruzamento dos nomes dos representantes legais e membros das diretorias das rádios comunitárias analisadas com as seguintes listagens:

(a) candidatos eleitos e derrotados nas eleições municipais de 2000 e 2004;

(b) candidatos eleitos e derrotados nas eleições estaduais e federais de 1998, 2002 e 2006;

(c) doadores de campanha nas eleições de 2000, 2002, 2004 e 2006;

(d) membros de partidos políticos;

(e) arquivos de publicações editadas nos municípios na qual operam as rádios comunitárias; e

(f) lista de cotistas, sócios, diretores e membros de diretorias de entidades de radiodifusão comercial, educativa e comunitária.

Os principais resultados obtidos confirmam a existência de um quadro alarmante no setor: a maioria das rádios comunitárias funciona no país de forma "irregular" porque não logrou ser devidamente autorizada; e, entre a minoria autorizada, mais da metade opera de forma ilegal.

Entre as 2.205 rádios pesquisadas, foi possível identificar vínculos políticos em 1.106 – ou 50,2% delas. Embora exista uma variação considerável nesses vínculos entre os estados, o mesmo não acontece quando se comparam as regiões. Os cinco estados nos quais encontramos maior índice de vínculo político (Tocantins, Amazonas, Santa Catarina, Espírito Santo e Alagoas) representam o Norte, o Sul, o Sudeste e o Nordeste, quatro das cinco regiões brasileiras. Trata-se, portanto, de uma prática política nacional.

Descaminhos burocráticos

Identificamos, também, um número considerável de rádios comunitárias com vínculos religiosos: 120 delas, ou 5,4% do total. O domínio desses vínculos é da religião católica, com 83 emissoras, ou 69,2%; 33 emissoras, ou 27,5%, eram ligadas a igrejas protestantes; 2 emissoras, ou 1,66%, a ambas as religiões; 1 à doutrina espírita e 1 ao umbandismo.

Ainda que significativo, o resultado obtido certamente subestima a verdadeira prevalência de vínculos religiosos. As únicas fontes possíveis de informação eram noticiários, páginas oficiais das igrejas, informações contidas nos próprios estatutos das entidades ou as denominações "pastor" e "padre" nos nomes utilizados nas urnas pelos candidatos nas eleições pesquisadas.

Finalmente, comprovamos a existência de duplicidade de outorga em 26 emissoras – ou 1,2% das associações ou fundações comunitárias. Duplicidade significa a existência de ao menos um integrante da diretoria da rádio comunitária pertencente à diretoria de uma outra concessionária de radiodifusão educativa, comercial ou comunitária – algo proibido por lei. Em termos proporcionais, destacaram-se os estados de Mato Grosso, com 4,6% de duplicidades; Minas Gerais, com 2,1%; Rio de Janeiro, com 1,9%; Goiás, Mato Grosso do Sul e Pernambuco, com 1,8%.

O conjunto de resultados confirma a hipótese central da existência de um "coronelismo eletrônico de novo tipo" envolvendo as outorgas de rádios comunitárias.

Já no início do processo de obtenção da outorga no Ministério das Comunicações fica claro que a existência de um "padrinho político" é determinante não só para a aprovação do pedido como para a velocidade de sua tramitação.

Na etapa seguinte – o Palácio do Planalto – alguns processos foram acelerados enquanto outros foram retidos sem qualquer razão de ordem técnica que justificasse tal procedimento. Na prática, o resultado é a outorga de rádios comunitárias para algumas entidades e a não-concessão para outras.

Conseqüências perversas

Finalmente, os dados revelam que existe uma intensa utilização política das outorgas em dois níveis: no municipal, em que elas têm um valor no "varejo" da política, com uma importância bastante localizada; e no estadual-federal, no qual se atua no "atacado", por meio da construção de um ambiente formado por diversas rádios comunitárias controladas por forças políticas locais que devem o "favor" de sua legalização a um padrinho político.

Dos 1.106 casos detectados em que havia vínculo político, exatos 1.095 (99%) eram relativos a um ou mais políticos que atuam em nível municipal. Além disso, todos os outros 11 casos restantes são referentes a vínculos com algum político que atua em nível estadual ou candidatos derrotados a cargos de nível federal. Não houve nenhum caso detectado de vínculo direto entre emissoras comunitárias e ocupantes de cargos eletivos em nível federal.

Confirmou-se, portanto, que o histórico vínculo entre concessões de radiodifusão e políticos profissionais continua existindo na radiodifusão comunitária. Mas, agora, de forma inédita: é a municipalização do vínculo entre emissoras de radiodifusão e políticos profissionais por intermédio do "coronelismo eletrônico de novo tipo".

Quando se discute a digitalização do rádio e que se torna mais clara a necessidade de modificações no atual marco regulatório da comunicação eletrônica de massa, os resultados desta pesquisa, além de confirmar a prática política de um "coronelismo eletrônico de novo tipo", fazem emergir um panorama sombrio com conseqüências perversas para a consolidação da democracia brasileira. Conhecer este cenário é condição indispensável para transformá-lo.

***

Fonte

terça-feira, 26 de junho de 2007

U2 SL VIRTUAL CONCERT IN SECOND LIFE

Shrek3



Voltem a ser crianças de novo. Pelo menos por 2 horas.

Gente do Brasil




Octaviano´s work




Fofoca




YouTube ganha ação de Cicarelli por vídeo picante

A modelo Daniella Cicarelli e seu ex-namorado Tato Malzoni perderam a ação que moviam contra o site de vídeos YouTube, por veicular um vídeo onde o casal fazia sexo em uma praia espanhola, anunciou o Tribunal de Justiça de São Paulo nesta segunda. O juiz que negou o pedido do casal chegou a classificar a ação movida como "cômica".


O juiz Gustavo Santini Teodoro, responsável pela decisão, considerou a ação que pedia indenização por danos morais e a proibição da veiculação do vídeo "improcedente".

A decisão judicial entendeu que o pedido do casal não impediria a veiculação do vídeo em outros sites, e usou como critério os resultados apresentados por diversos mecanismos de busca da web.

Em seu texto, o juiz chega a classificar a ação de "cômica". "É de conhecimento de qualquer pessoa minimamente integrada ao mundo atual que ocorre essa multiplicação exponencial da informação via Internet. A utilização dos mecanismos jurídicos tradicionais, como o desta ação, é completamente inócuo e até mesmo cômico."

Além de considerar improcedente, o juiz afirmou que Cicarelli e Malzoni terão que arcar com as despesas legais do caso, inclusive os honorários dos advogados de defesa do YouTube e dos dois portais de notícias envolvidos no caso.

Cada um receberá R$ 10 mil reais corrigidos monetariamente para as "despesas processuais e honorários advocatícios", decidiu o juiz.

O caso
O vídeo, filmado sem a autorização do casal em agosto de 2006, foi divulgado amplamente pela Internet. O YouTube, assim como os sites da Globo.com e do IG (Internet Group) divulgaram o vídeo e foram processados pela modelo.

O casal entrou com duas ações na Justiça: uma solicitando uma indenização por danos morais contra os três sites e outra pedindo a retirada do vídeo do ar.

A solicitação de Cicarelli e de Malzoni sobre a retirada do vídeo foi acatada pela Justiça e o Tribunal de Justiça paulista que concedeu uma liminar obrigando os sites a excluir o conteúdo, sob pena de multa diária.



Redação Terra

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Cyberpunk by Wikipedia


Cyberpunk
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Centro da Sony em Potsdamer na Alemanha(foto) mostra o alcance da corporação japonesa. Muito do cyberpunk acontece em ambientes artificiais e virtuais, e "as luzes da cidade à noite" foi uma das primeiras metáforas utilizadas para explicar o mundo cyberpunk (no Neuromancer de Gibson).Cyberpunk (de Ciber(nética) + punk) é um sub-gênero de ficção científica que utiliza elementos de romances policiais, film noir, desenhos animados japoneses e prosa pós-moderna.

Segundo Willian Gibson em seu livro Neuromancer, o Cyberpunk é uma espécie de "pichador virtual" que se utiliza de seu conhecimento acima da média dos usuários para realizar protestos contra a sistemática vigente das grandes corporações, sob a forma de vandalismo com cunho depreciativo, a fim de inflingir-lhes prejuízos sem, contudo, auferir qualquer ganho pessoal com tais atos.

Cyberpunk também é uma subcultura, uma vez que dele fazem parte a mistura entre a música eletrônica e o rock, moda, animações, quadrinhos, etc.

O estilo Cyberpunk descreve o lado niilista e underground da sociedade digital que começou a se desenvolver nas últimas duas décadas do século XX. Um mundo cyberpunk distópico é chamado de antítese das visões utópicas de mundos de ficção científica e meados do século XX como tipificadas pelo mundo de Jornada nas Estrelas (Star Trek), embora incorporando algumas dessas utopias, principalmente na questão do mito da separação entre corpo e mente, muito discutida na filosofia cartesiana.

Na literatura cyberpunk, muito da ação se ambienta virtualmente, no ciberespaço - a fronteira evidente entre o real e o virtual fica embaçada. Uma característica típica (ainda que não universal) desse gênero é uma ligação direta entre o cérebro humano e sistemas de computador.

O mundo Cyberpunk é um lugar sinistro, sombrio, com computadores ligados em rede que dominam todos os aspectos da vida cotidiana. Empresas multinacionais gigantes substituíram o Estado como centros de poder. A batalha do excluído alienado contra um sistema totalitário é um tema comum na ficção científica; entretanto, na FC convencional tais sistemas tendem a ser estéreis, ordenados, e controlados pelo Estado. Em contraste a isso, no Cyberpunk, mostram-se as entranhas da corporatocracia, e a batalha sisífica entre seu poder por renegados desiludidos.

As histórias Cyberpunk são vistas como representações ficcionais do presente a partir de uma extrapolação e especulação das tecnologias de comunicação, como por exemplo, a internet.

domingo, 24 de junho de 2007


Salvador da Bahia

Cyberpunk city Neo TOKYO or "AKIRA "



Cyberpunk city Neo TOKYO or "AKIRA "

Sound1:Raita Ishikawa: aka Erehwon Sound2:Voices of Bulgaria DesignErehwon web:

Transhumanismo

Política X xoxota


sexta-feira, 22 de junho de 2007

Marketing via SMS

SMS Marketing
Envio de SMS

Recentes estudos indicam que existem cerca de 2 telemóveis para cada português!

Todos os telemóveis existentes no mercado estão capacitados para enviar e receber mensagens, isto significa que, praticamente toda a população portuguesa tem a possibilidade de enviar e receber SMSs.

A eficácia deste canal é enorme se atendermos que 90% das mensagens são abertas e lidas e que está estimado que abrimos apenas cerca de 60% dos nossos mails e que lemos apenas 5% a 10% do nosso mail directo. Para além de que é possível receber estas mensagens onde quer que estejamos...

O SMS pode servir tanto de ferramenta de divulgação de novos produtos – SMS MARKETING – através de campanhas de atribuição de prémios, passatempos ou simples questionários de opinião.




SMS Marketing - Porquê enviar uma SMS?

Porque é a forma mais eficiente de enviar informação personalizada para um maior número de destinatários.

SMS Marketing - Vantagens

> Baixo custo em relação a outras formas de envio de informação;

> Maior percentagem de leitura em relação ao tradicional Direct mail;

> O envio da informação pode ser personalizada;




Fonte:

SMS em ação


O país está em crise. Não é novidade para ninguém. Os jovens estão sem crédito nos celulares.Então o que eles fazem?Se comunicam via SMS.Ísis, minha colega de faculdade, recebeu 52 mensagens de texto em 10 dias. "Ganhou" 75 "torpedos numa promoção e gastou-os em 14 dias. Os jovens vão criando novos modos de se comunicar através das novas tecnologias.

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Para não dizer que não falei de flores


Homem do futuro geneticamente modificado.

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Tango no Olímpico, Riquelme faz show


Paolo Jabaquara
foto: Fernando Pilatos/Gazeta Press
Estrela de Riquelme brilha, Boca Juniors hexacampeão da Libertadores da América. Já era previsível a conquista do Boca, apesar de ser dentro do estádio Olímpico, a própria casa do Grêmio, por 2x0. O resultado, drástico, foi necessário para comprovar o absolutismo do Boca Juniors na América. Grêmio teve raça, porém não conciliou a raça com a técnica, além de não possuir um craque no time, foi injustiçado pela arbitragem no 1º jogo na La Bobombonera. A verdade é uma só, nenhum time brasileiro teria condições de ganhar do Boca na Libertadores, exceto o Santos de Luxemburgo e Zé Roberto. Boca Juniors vem embalado por 2 títulos internacionais, Sul-americana e Recopa das Américas. Já o motivado Grêmio, vem da 2ª divisão do campeonato brasileiro, conquistou o campeonato estadual, tem uma boa campanha no brasileiro. Já que, tanto Boca quanto Grêmio vem de bons momentos no futebol, ambas equipes tem raça e torcida que empurram o time, o que levou o Boca a ser campeão? A resposta tem três palavras: “Juan Roman Riquelme”, o melhor jogador da Argentina, depois de Maradona é lógico.
No Brasil pós-Pelé, apareceram diversas promessas para chegar aos pés do Rei, como Zico, Romário, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho e Robinho. Mas nenhum desses é comparável ao Rei. Como definir um craque? Aquele que tem a camisa 10 e ganha títulos? Não é bem assim, segundo o fraco técnico Carlos Alberto Parreira o craque “é aquele que, na hora da decisão, mesmo o time passando por uma situação difícil e de pressão, um jogador brilha, esse é o craque”, afirma.
Grêmio teve raça, porém não conciliou a raça com a técnica, além de não possuir um craque no time, foi injustiçado pela arbitragem no 1º jogo na La Bobombonera.
Seria justo fazer uma comparação entre Maradona e Riquelme? Exagero?? Claro que não! Diferente do Brasil, a Argentina precisa de um “craque” pós-Maradona. Algumas promessas surgiram, como D’Alessandro, Carlos Tevez, Lionel Messi. Mas apesar da torcida, nunca deixaram de ser apenas “bons-jogadores”. O melhor jogador argentino, depois de Maradona, é de fato Riquelme, o Príncipe do Tango no Futebol.

Arte pós digital

Tô de boa


Os jovens desenvolveram uma "fala instatânea". Com apenas R$0,50 de crédito no celular vc liga e tem três segundos para falar.E eles se correspondem assim.Criando códigos como tocar para avisar que saiu da escola entre outros.É a era da velocidade, da otimização de recursos e para o uso de inovações com as novas tecnologias.

terça-feira, 19 de junho de 2007

Atenção webdesigners


Atenção :webdesigners que gostam de colocar animações "pesadas" para abrir os sites , a recomendação de uma otimização excelente para carregar uma página é de 5 a 10 segundos, segundo a Web Content Accessibility Guidelines 1.0 do W3C.






Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Jean-Michel Basquiat (Nova Iorque, 22 de dezembro de 196012 de agosto de 1988) foi um pintor estadunidense. Sua mãe era filha de porto-riquenhos e seu pai era haitiano.
Basquiat começou fazendo graffiti aos 16 anos, em metrôs e muros de Manhattan, e acabou se tornando um grande artista internacional de vanguarda da década de 1980.
Na infância sofreu um atropelamento. Para entretê-lo durante a recuperação, sua mãe lhe deu um livro de anatomia. Isso influenciou muito sua arte, pois suas obras tinham muitos detalhes anatômicos.
Seus primeiros graffitis nas ruas eram assinados como SAMO (abreviação de "same old shit"), pseudônimo que Basquiat e seu colega Al Diaz criaram. Em 1980 parou de grafitar e começou a pintar telas. Nesta época escreveu pelas paredes de toda Nova York: Samo morreu.
Basquiat achava que as pessoas são muito ligadas ao material e pregava que devíamos estar mais voltados para o espiritual. Dizia que a classe média se preocupava muito em ficar mostrando o que não tem, com roupas caras, e que só faltava andar com a etiqueta aparecendo para se exibirem ainda mais.
Foi um amigo pessoal de Andy Warhol, com quem compartilhou técnica e inspiração.
Faleceu em 1988, vítima de overdose de heroína, em seu estúdio.






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Jean-Michel Basquiat (December 22, 1960, Brooklyn - August 12, 1988, New York, New York) was an American artist. He gained fame, first as a graffiti artist in New York City, and then as a highly successful Neo-expressionist artist in the international art scene of the 1980s. Many recognize Basquiat as a leading figure in contemporary art, and his paintings continue to command high prices in the art market.
Life

SAMO SHIT: Grafitti on an East Village bathroom wall imitating Jean-Michel Basquiat, who used to write the exact phrase on the walls of the East Village.
His mother, Matilde, was Puerto Rican and his father, Gerard Jean-Baptiste, is of Haïtian origin and a former Haitian Minister of the Interior. At an early age, Basquiat displayed an aptitude for art and was encouraged by his mother to draw, paint, and to participate in other art-related activities. Around the age of seven Basquiat was hospitalized for injuries related to a car accident. When in the hospital Basquiat's mother gave him the book Gray's Anatomy as a gift to pass the time. Basquiat loved the diagrams in the book, which inspired his artwork and led to the creation of the band "Gray".
In 1977, when he was 17, Basquiat and his friend Al Diaz started spray-painting graffiti art on slum buildings in lower Manhattan, adding the infamous signature of "SAMO" or "SAMO shit" (i.e. "same ol' shit"). The graphics were pithy messages such as "Plush safe he think; SAMO” and ""SAMO is an escape clause". In December 1978, the Village Voice published an article about the writings. The SAMO project ended with the epitaph SAMO IS DEAD written on the walls of SoHo buildings.
In 1978, Basquiat dropped out of Edward R. Murrow High School and left home, a year before graduating. He moved into the city and lived with friends, surviving by selling T-shirts and postcards on the street. By 1979, however, Basquiat gained a certain celebrity status amidst the thriving art scene of Manhattan's East Village, for his regular appearances on Glenn O'Brien's live public-access cable show, TV Party.
In June 1980, he first started to gain recognition when he participated in The Times Square Show, a multi-artist exhibition, sponsored by Collaborative Projects Incorporated (Colab). In 1981, poet, art critic and cultural provocateur Rene Ricard published "The Radiant Child" in Artforum magazine, helping to launch Basquiat's career to an international stage.
During the next few years, he continued exhibiting his works around New York alongside artists such as Keith Haring, Barbara Kruger, as well as internationally, promoted by such gallery owners and patrons as Annina Nosei, Vrej Baghoomian, Larry Gagosian, Mary Boone and Bruno Bischofberger. By 1982, Basquiat was showing regularly alongside Julian Schnabel, David Salle, Francesco Clemente and Enzo Cucchi, thus becoming part of a loose-knit group that art-writers, curators, and collectors would soon be calling the Neo-expressionist movement. He started dating an aspiring performer named Madonna in the fall of 1982. In 1982, Basquiat met Andy Warhol, with whom he collaborated extensively, eventually forging a close, if strained, friendship.
By 1984, many of Basquiat's friends were concerned about his excessive drug use and increasingly erratic behaviour, including signs of paranoia. Basquiat had developed a frequent heroin habit by this point, starting from his early years living among the junkies and street artists in New York's underground.
In 1985 Basquiat appeared on the cover of The New York Times Magazine in a feature entitled "New Art, New Money: The Marketing of an American Artist". As Basquiat's international success heightened, his works were shown in solo exhibitions across major European capitals.
Jean-Michel Basquiat died of mixed-drug toxicity (he had been combining cocaine and heroin, known as "speedballing") in his Great Jones Street loft/studio in 1988 several days before what would have been Basquiat's second trip to the Côte d'Ivoire.

Art periods
Basquiat's art career is known for his three broad, though overlapping styles. In the earliest period, from 1980 to late 1982, Basquiat used painterly gestures on canvas, often depicting skeletal figures and mask-like faces that expressed his obsession with mortality. Other frequently depicted imagery such as automobiles, buildings, police, children's sidewalk games, and graffiti came from his experience painting on the city streets. A middle period from late 1982 to 1985 featured multipanel paintings and individual canvases with exposed stretcher bars, the surface dense with writing, collage and seemingly unrelated imagery. These works reveal a strong interest in Basquiat's black and Haitian identity and his identification with historical and contemporary black figures and events. On one occasion Basquiat painted his girlfriend's dress, with his words, a "Little Shit Brown". The final period, from about 1986 to Basquiat's death in 1988, displays a new type of figurative depiction, in a new style with different symbols and content from new sources. This period seems to have also had a profound impact on the styles of artists who admired Basquiat's work. Basquiat's lasting creative influence is immediately recognizable in the work of subsequent and self-taught generational artists such as Mark Gonzales, Kelly D. Williams, and Raymond Morris.

Andy Warhol
In 1982, Basquiat befriended pop artist Andy Warhol and the two made a number of collaborative works. They also painted together, influencing each others' work. Some speculated that Andy Warhol was merely using Basquiat for some of his techniques and insight. Their relationship continued until Warhol's death in 1987. Warhol's death was very distressing for Basquiat, and is speculated by Phoebe Hoban, in Basquiat, her 1998 biography on the artist, that Warhol's death was a turning point for Basquiat, and that afterwards his drug addiction and depression began to spiral.

Movies and television
Basquiat's character has been represented in motion pictures. He has been portrayed by Jeffrey Wright in Basquiat, a bio-pic about the artist directed by Julian Schnabel. He played himself in Downtown 81 (a.k.a New York Beat Movie), and in Blondie's video for "Rapture". Jean-Michel was also a frequent guest on "Glenn O'Brien's TV Party", a NYC public access television show.

Value of Artwork
Up until 2002, the highest mark that was paid for an original work of Basquiat's was $3,302,500 (set on 12 November 1998). On 14 May 2002 Basquiat's "Profit I" (a large piece of art measuring 86.5" by 157.5"), owned by heavy metal band Metallica co-founder Lars Ulrich, was put up for auction at Christie's. It was there that the highest mark for a work of Basquiat's was set when "Profit I" sold for $5,509,500.[1] The proceedings of the auction are documented in the film Some Kind of Monster.
On 15 May 2007, an untitled Basquiat work from 1981 smashed his previous record, selling at Sotheby's in New York for $14.6 million.[1]

Quotes
"Every single line means something."
"Since I was seventeen I thought I might be a star. I'd think about all my heroes, Charlie Parker, Jimi Hendrix... I had a romantic feeling about how these people became famous."
"I don't think about art when I'm working. I try to think about life."
"Believe it or not, I can actually draw."
"I don't listen to what art critics say. I don't know anybody who needs a critic to find out what art is."






Um pintor que rompeu o status quo na pintura e se adaptou tão bem a vida dionísica.

segunda-feira, 18 de junho de 2007







Imagens da Expocú, realizada numa galeria de Londres. Bem escatológica, a expo relembra as obras de impacto da década de 60.



Cachaça é cinema, não é água não




Fechando com chave de ouro ( o meu dia ) e as apresentações dos curtas e médias metragens do Cachaça Cinema Clube*, o último curta emocionou a todos com uma seleção sensível e popular de recordações amorosas relacionadas a músicas. De Heavy Metal a Zezé de Camargo e Luciano os cantos foram cômicos, espontâneos e emocionantes.O que mais me marcou, e que fechou o filme de forma belíssima, foi o depoimento de um senhor negro e expressivo que contava seu caso de amor antigo e frustrado, lembrado até hoje.Era uma italiana. Branca, linda. Foi em um dia que "eu se apaixonou". "Se apaixonou" mesmo, de chorar, pedir para casar, se declarar... O pai não permitiu pois era desempregado, ou seja, como sustentaria sua filha? Mas depois da insistência sincera de ambas as partes foi concedido o pedido.Ela morava num apartamento alugado. Não sei mais como se dá cronologicamente a história, ele mesmo havia se perdido, ou sido "editado". Ele teve de ser transferido para algum lugar em serviço ao exército. Portanto ficou distante durante um tempo da mulher de sua vida, por quem havia batalhado aos 18 anos. Cumprido o prazo "do exercício de cidadão", corre atrás dela, que já morava em outro lugar. Achou o apartamento por informações alheias e a encontrou com uma bacia na cabeça. Ela o viu, e na hora, segundo os próprios movimentos do apaixonado, tapando o rosto com a bacia, pediu que se retirasse para depois, só depois, falar-lhe - este já é um momento "indignante" para o homem. A mulher havia passado tanto tempo longe dele e não o recebera com o calor do amor antigo? -. Depois quando a viu mais tarde, e aí conta de forma rápida, teve o desprazer de ouvir de sua amada que por causa de outro senhor não o amava mais.Pouco andou depois disso e chorava, chorava. Não tinha vergonha de admitir...Parece que tinha falado bem mais do que foi passado no filme, mas termina de forma sincera admitindo que até hoje não encontrara o amor de sua vida e que a italiana nunca iria sair de sua memória.Ego ou amor?Ah, a música? Nem me lembro qual era...* Cachaça Cinema Clube: para quem não conhece, acontece mensalmente no cinema Odeon, no centro da cidade do Rio de Janeiro. É um evento fantástico que reúne cinema (curta-metragens), cachaça e música. São reproduzidos curtas com diferentes temas em cada edição e a cachaça é sempre a mesma -cuja marca me foje a memória- e pode-se optar pela amarelinha ou branquinha. O copinho é fofíssimo. Já tem 5 anos de existência e antigamente era anunciado nos jornais. Hoje é boca-a-boca. Somente no dia em que acontece é escrito no outdoor do Odeon "Cachaça Cinema Clube 21h". Essa decisão foi tomada para que não lotasse mais de forma absurda, como vinha acontecendo quando a divulgação antecedia o evento. Hoje, mesmo no boca-a-boca, lota! Os dj's são ótimos e quase que não saio de lá hoje de tão bom que estava. Sim, porque depois de distribuídas as cachaças o espaço de cima do cinema é aberto para dançar!




Texto publicado por coletora de memórias emwww.cultodasbacantes.blogspot.com

domingo, 17 de junho de 2007

Feira Hype




Feira Hype rola todo sábado à tarde, em Salvador - Feira Hype é um projeto em operação no Pátio do ICBA (Corredor da Vitória) e funciona sempre aos sábados , das 13 às 20 horas. A idéia não é apenas promover a comercialização de discos, livros, roupas, vídeos e objetos de arte, mas, também, favorecer a integração e o intercâmbio dos mais variados segmentos da cultura pop/tech de Salvador. A Feira Hype reúne lojistas, artistas, produtores culturais e o público em geral num ambiente agradável do centro de Salvador.http://www.aparelhocultural.com.br/feirahype

sábado, 16 de junho de 2007

Ó PAI Ó


Por falta do que fazer...fui ver Ó PAI Ó .Pertinho de casa, no Shopping Barra superlotado .Crianças se esforçavam para patinar no gelo. Lá fora um sol de rachar.Na fila ,cheia ,muitos adolescentes .Casais de namorados pareciam estar de abadás tamanha a excitação.No filme piadas estilo A Bofetada faziam gargalhar nossa juventude.Lázaro no filme é um cantor razoável.Já deve estar pensando em lançar CD.A história do filme , se é possível utilizar tal substantivo ,é recheada de clichês,estereótipos e arranjaram até um travesti que tinha um caso com um pai de 7 filhos e por aí vai.Caetano quis gravar antes a adaptação da peça.Talvez fizesse pior vide Cinema Falado.Saí com a sensação estranha que tinha ido ver uma peça no TCA.E uma peça ruim diga-se de passagem .Até slogan contra ACM teve.Elementar meu caro Watson.

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Borges vê

Vejo pessoas me olhando nas ruas.Nunca as vi.Vejo um cachorro mijando numa árvore.Vejo um bêbado vomitando. Vejo uma puta acertando um programa pelo celular.Vejo seu(a) amante.Vejo bactérias comendo cadáveres . Vejo a mim no espelho.Vejo você fazendo cocô. Vejo o mundo. Estou cego. Como Borges, salvo a inteligência.

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Vitória do jornalismo esportivo baiano

Paolo Jabaquara

Com a queda para a 3ª divisão do campeonato brasileiro, os dois times de maior tradição na Bahia, o jornalismo esportivo baiano perdeu sua força. A dupla BaVi (Bahia e Vitória), diretamente e indiretamente, foi responsável pela demissão de funcionários nas rádios e tvs de comunicação esportiva nos anos de 2003 à 2006. Grande parte da torcida baiana, se desinteressou em acompanhar seus times. Telespectadores desistiram de ver programas esportivos de tradição, como por exemplo o Globo Esporte Bahia da Rede Bahia e o Cartão Verde da TVE-BA, que é um programa de mesa redonda com discussões de comentaristas esportivos e convidados na área do esporte baiano.
O rádio esportivo baiano, que é uma “tradição” no ramo do esporte, porém com relativos baixos índices de audiência, também ficou muito desabilitado com a queda dos 2 times.
Nomes folclóricos de jogadores como Apodi, Saci, Bida, Ávine e Badé, foram referência no campeonato brasileiro da 3ª divisão. Infelizmente, o que era pra ser uma miscigenação de esportes, o jornalismo esportivo baiano se resume apenas ao futebol.
Funcionários das empresas de comunicação de mídias esportivas como radio, tv e o jornal impresso, tiveram um aumento de cortes dos profissionais contratados para fazer a cobertura do esporte baiano. Os dois clubes que antes “selecionava” seus patrocinadores, agora corre atrás de patrocínios para cobrirem suas alta folhas de pagamento.
O Bahia teve a infelicidade de não subir para a 2ª divisão do campeonato nacional, o Vitória foi mais eficiente e conseguiu ter uma nova oportunidade de participar da competição. Pelo ritmo e o momento de ascensão que vive o Vitória, os torcedores e a imprensa baiana acredita em uma possibilidade do Vitória voltar a “elite” nacional, a 1ª divisão.
A verdade é uma só, o Vitória vai salvar o jornalismo esportivo baiano. Patrocinadores melhores virão, a torcida prestigiará o time, as placas publicitárias que ficam ao redor do campo do Boteco do João, serão substituídas pelos anúncios da cerveja nacional. Com isso, jornais são vendidos, a atenção dos telespectadores e ouvintes de radio/tv serão mais vistas, novos profissionais do ramo serão contratados ou recontratados e, concluindo, o jornalismo esportivo baiano retornará a “ativa” com mais credibilidade.

Sobre crescer..

Artigozinho usado numa publicação da facu.. sobre o encontro, nossas percepções dele.

INTERCOMunicando

Isolda Herculano

Enriquecer intelectualmente. Parece ambição, no fundo, talvez seja. Ter a chance de participar de um congresso enriquecedor como foi o 9º INTERCOM NORDESTE é o que eu desejaria para todos os estudantes de Comunicação. Mas como se isso parecesse um tanto quanto impossível, quando confrontamos utopia e realidade, que a minha experiência própria – e digo: única – possa servir, rapidamente, de decalque para tudo o que foi e significou esse encontro.

No nível do conhecimento, a INTERCOM é o que pode se definir como sociedade hegemônica. Ter, como tive, a oportunidade de expor uma pesquisa, entrar em contato com outros pesquisadores e expositores foi de uma grandeza sem-igual. A prática, também evidenciada através das oficinas oferecidas, apontava como primordial aprender o “fazer jornalístico” e todo o dinamismo que a atividade produz. O intercâmbio cultural trazido na bagagem dos estudantes presentes ali – baianos, paraibanos, maranhenses etc – foi outro caso à parte. Semelhanças e diferenças nos puseram, sempre, num mesmo propósito: o aprendizado; para acabamos aprendendo, uns com os outros.

Além de catapulta para o mercado de trabalho, a universidade deve ser um lugar de acúmulo e disseminação do conhecimento enquanto faculdade mental. Num meio prático feito o jornalismo, o incentivo teórico é, muitas vezes, posto em segundo plano mesmo dentro da academia. É notável como os congressos promovidos pela INTERCOM ajudam a revelar o pesquisador que existe dentro de cada aluno de Comunicação – ajudam, é bom ressaltar, porque na maioria dos casos esse pesquisador em potencial já existia.

MaisMais MediaOn



Felipe GilDireto de São Paulo
O último painel do seminário MediaOn de jornalismo online, "Desafios da Mídia tradicional", realizado na manhã desta quarta-feira, reuniu os jornalistas Caio Túlio Costa, diretor presidente de Internet da Brasil Telecom, e Mário Magalhães, ombudsman do jornal Folha de S. Paulo.
Costa citou as quedas nas tiragens de jornais e na audiência dos telejornais para defender que os veículos tradicionais não conseguem mais aumentar o seu público como fizeram ao longo das últimas décadas. Para ele, o desafio da "velha mídia é entender que o jornalismo se faz numa nova plataforma e não basta transpor o conteúdo que já é feito para a nova plataforma", afirmou.
O jornalista criticou produtos que nascem na web e são semelhantes aos tradicionais. "Isso é muito pouco perto das possibilidades. A mídia tradicional deve primeiro não ter medo da canibalização e também entender que essa nova mídia é um novo jeito de produzir informação", ponderou. ( Foto Claudio Maia)
O ombudsman da Folha, Mário Magalhães, mostrou uma queda contínua nas tiragens do jornal aos domingos desde 1994. Por outro lado, o número de contatos com o ombudsman cresceu de três mil em 1991 para 13 mil em 2006. Ele elegeu quatro hipóteses para o fato: consolidação da instituição do ombudsman, mais motivos para os leitores reclamarem, leitores mais atentos e exigentes e novas tecnologias facilitando a comunicação.
Ele destacou ainda a importância dos leitores para indicar possíveis problemas no jornal, auxiliando seu trabalho. Magalhães elencou como desafio levar para a Internet os padrões do jornalismo tradicional e destacou que "a revolução depende da guinada publicitária para o novo meio".
O MediaOn é uma realização do Terra com o Itaú Cultural e apoio da CNN.com, Abracom e BBC Brasil.
Redação Terra





A estrela


Foto: Marcelo Pereira/Terra
São Paulo, 12/06/2007 - Michel Rogers, futurista do New York Times, estrela do MidiaOn.

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Mais MediaOn



Felipe GilDireto de São Paulo
A terceira mesa de debates do seminário MediaOn de Jornalismo Online, intitulada Mudanças na formação e atuação do jornalista, discutiu na manhã desta quarta-feira a formação dos profissionais do jornalismo online. Rosental Calmon Alves, professor de jornalismo da Universidade do Texas, fez um panorama da crise da mídia tradicional mostrando a queda na circulação dos jornais impressos e na audiência dos telejornais.
Para ele, a imprensa vive atualmente a maior revolução desde a iniciada pela invenção dos tipos móveis de Gutemberg, em 1450, já que o artefato de recepção da informação, o computador, é também um equipamento de emissão. Com isso, segundo ele, o jornalismo deixa de ser monopólio dos jornalistas. Para Alves, uma das principais características dos (Foto Darcio de Jesus) novos profissionais é saber "conviver com os fenômenos criados por sua audiência e trabalhar como um facilitador da comunicação".
Mario Andrada Silva, diretor editorial para a América Latina da agência Reuters, citou a importância da formação dos novos jornalistas. "A tomada de decisões deixa de ser privilégio do editor. É preciso ensinar a decidir, e isso requer um programa de treinamento muito amplo", defende. Para ele, os profissionais que sabem manejar câmeras digitais de vídeo e fotografia, bem como aqueles que falam mais de um idioma, terão mais possibilidade de integrar as redações do futuro.
"Com a simplificação da linguagem, diminui a distância entre os idiomas, o que permite que um jornalista escreva em duas ou três línguas". Outro desafio é a relação com o tempo, que demanda capacidade de refletir e raciocinar em tempo real. "Não dá mais para parar, fumar um cigarro e voltar para pensar no que você vai escrever".
O professor André Lemos, da faculdade de comunicação da Universidade Federal da Bahia, falou sobre duas funções da comunicação. A massiva, marcada por um fluxo centralizado de informações, com controle editorial e financiado pela publicidade, e a pós-massiva.
Esta, segundo ele, prevê liberação da emissão - a possibilidade de qualquer pessoa emitir informação de forma livre - a facilidade de as pessoas se conectarem e trocarem informações e, por último, a "dimensão política gigantesca que decorre sempre que as pessoas podem dizer o que querem e se agrupar livremente".
Durante o debate que se seguiu, Alves destacou a importância de os leitores receberem algum tipo de formação jornalística, uma vez que a participação deles na produção do conteúdo será cada vez maior. "Isso dará até ferramentas para as pessoas escreverem seus blogs e colaborarem de forma jornalística".
Redação Terra



Notícias do MediaOn


Na abertura do 1º Seminário Internacional de Jornalismo Online (MediaOn), Michael Rogers, futurista do New York Times, afirmou que nos próximos anos a Internet englobará todas as mídias atuais. "Na minha opinião, o futuro passa pela tecnologia móvel", disse. O evento acontece em São Paulo e é realizado pelo Itaú Cultural e pelo Terra.
Com a popularização da tecnologia móvel, o desafio, na opinião de Rogers, será oferecer esse conteúdo ao usuário de forma compacta e que instigue o receptor a se interessar por ele.
"Hoje, o que temos ainda é a predominância do texto e da imagem. Mas isso cada vez mais será agregado a som, vídeo, em equipamentos cada vez menores e de fácil manuseio. O que hoje eu me pergunto é o que virá para substituir o laptop. Em 2012 o que estará disponível? Algo que faça tudo e caiba na minha mão", disse.
Rogers afirmou que o trabalho do jornalista, na sua essência, não deve mudar, mas que o profissional deve estar preparado para uma nova realidade. "Os jornais impressos não vão acabar, não é tão dramático assim. Os jornais vão ter de descobrir o que podem oferecer, diferente do que a Internet oferece", disse.
Rogers vê no jornalismo participativo algo que ganhará muito espaço nos próximos dez anos, ou seja, o usuário produzirá boa parte do conteúdo veiculado.
"Acredito que, nos próximos dez anos, o 'editor de comunidade' será uma pessoa chave. Essa é uma grande oportunidade para a Internet. É preciso lidar com o público de uma forma que agregue valor ao conteúdo", disse.
Américo Martins, editor-executivo para as Américas e a Europa do serviço mundial da BBC, que também participou da abertura do seminário, lembrou do atentado ao metrô de Londres, em que os vídeos e imagens feitos pelos usuários lotaram a caixa de mensagens da BBC.
"A imprensa não conseguiu entrar no local e, até hoje, as imagens que temos lá de dentro são as que foram enviadas por pessoas comuns, que fizeram as gravações por celular", disse.
Martins afirmou que, na BBC, há uma integração das redações e que o objetivo da empresa é ser líder mundial de noticiário on demand. "Nosso objetivo é utilizar a maior quantidade de plataformas possível e fazer com que as pessoas cheguem facilmente nesse material", afirmou.
Redação Terra

Ela é demais e o sol?


Salvador não combina com chuva, mas a frente fria nos castiga.O tempo está" louco". Ontem sol de rachar e fiquei me deleitando na praia do Farol da Barra, minha favorita. Porém quero falar de três blogs que "enchem os olhos". Eles são mantidos pela nossa colaboradora "por um dia" Joana Rizério, escritora e estudante de jornalismo da Faculdade Social da Bahia. Blogueira profissional visitem: www.la-vie-en-close.blogspot.com/, www.cultodasbacantes.blogspot.com/ e www.adamadalivrepoesia.blogspot.com/ . Mudando de um pólo a outro me impressionou minha colega de faculdade Ísis que mantém 362 contatos no MSN.Um mundo virtual próprio onde há uma interdepêndencia completa com o "outro".Bem esperamos que o sol volte pois navegar é preciso.

terça-feira, 12 de junho de 2007

Tanto carro

Um mar de carros. Seis e meia da tarde de uma sexta. Entre chuviscos que vão e voltam, dezenas de automóveis disputando vagas movediças. Calor. Sinfonia regida pelo furor das buzinas.

Eu penso nisso tudo, mas nada me estressa. Consigo me divirtir vendo. Estou sozinha. Sinto o calor e deixo a janela pela metade. Ouço e vejo o vizinho do Monza vermelho praguejar o trânsito e suar que nem um porco. Tem uma moça numa Pajero atrás de mim que permanece impassível dentro de sua bolha selada. Ela canta alguma coisa, percebo pelo meu retrovisor. Pelo dela, ela retoca o gloss.

Pra quê tanto carro, pra onde eles vão, meu Deus, perguntariam os olhos do meu Drummond da modernidade.

Tem um belo casal que conversa animadamente à minha esquerda. Minha vontade é de ficar olhando; estão tão lindos, mas não se pode olhar pra dentro do carro dos outros, é quebrar a cartilha de ética dos motoristas civilizados.

A fila do Monza vermelho anda e a minha fica parada, como previsto em outra cartilha, a de Murphy, a mesma que diz que a parte do pão com manteiga cairá sempre pra baixo.

Uma saveiro com meninos de sunga sobre a carroceria vira minha vizinha. Era de lá que vinha o som do Asa de Águia. Eu mereço. Meu olhar esbarrou com o de um deles, um meliante, diria meu pai, com uma garrafa de Birinight em uma mão e fazendo sinal com a outra para eu baixar o vidro, o que eu fiz imediatamente.

- Quer uma cerveja? - perguntou.
- Claro - respondi, natural.

Ele jogou a lata no carona, eu abri e bebi. Estava um pouquinho quente. Ele quis conversar, desceu do carro e veio até a janela, mas era feio e estava bêbado. Pra me salvar, o sinal abriu e eu falei: "Melhor você voltar pro carro, tchau".

E segui, até estacionar em novo engarrafamento, novas estórias.

Joana Rizério

Conto um tanto quanto (para esse dia 12)


Anamaria sofria mais do que tudo com aquela situação. Olheiras entregavam as passadas noites insone. Havia também as palpitações, câimbras, falta de fôlego e a gagueira. É, gagueira. Tinha dado para gaguejar depois de moça.

Um fastio de dar dó: nada comia e, ainda assim, nada lhe cabia no estômago. Qualquer sutil tentativa era premiada com... vômito. Depois, unhas quebradas, queda de cabelo. Relutou tanto quanto possível o auxílio hospitalar, até que o impossível chegou. Cedeu então - ''pior do que está não haverá de ficar''.

Colocou a língua para fora. Tossiu. Novamente. Disse trinta e três trinta e três vezes. Colheu sangue. Cafezinho na enfermaria: não, obrigada! Tirou a roupa atrás do trocador - ''o escapulário, por gentileza''. Respirou fundo. Prendeu o ar. Soltou o ar. Outra vez. Voltaria semana que vem.

Quando doutor Onofre entrou no consultório, Anamaria já estava a sua espera - e até mais engraçadinha, com uma fita azul no cabelo. Olhos ligeiros percorrendo envelope por cima de envelope. Um pigarro barítono. Começou assim: muito bem, mocinha... Ela não compreendia uma palavra com clareza, mas balançava a cabeça toda afirmativa. O diagnóstico veio junto com a mão no ombro dela. Que seria dali por diante? Anamaria tinha um amor, não um câncer.

GJOL



O Grupo de Pesquisa em Jornalismo On-line, integrante do Centro de Estudos de Cibercultura, tem como objetivo realizar pesquisas e desenvolver inovação tecnológica de ponta no campo do jornalismo nas redes digitais. Núcleo de Excelência nesta área, o GJOL lidera a Rede Latino-americana para o desenvolvimento de software jornalístico para as redes de banda larga, financiada pelo CNPq e pela Fapesb.Acesse www.facom.ufba.br/jol/index.htm

A editora da Universidade Federal da Bahia – EDUFBA – acaba de lançar o livro Comunicação e Informação: o Local e o Global em Austin e Salvador. A obra conta com quatro artigos comparados sobre o jornalismo digital nas duas cidades de pesquisadores do GJOL, os professores Elias Machado e Marcos Palacios, o mestrando Paulo Munhoz e as estudantes de graduação, Clarissa Borges e Milena Miranda. Organizado pelos professores Othon Jambeiro, do Instituto de Ciências da Informação da UFBa e Joseph Straubaahar, da Universidade do Texas, o livro é um dos resultados do convênio existente entre a UFBa e a Universidade do Texas, financiado pela CAPES. O livro pode ser encontrado nas livrarias da EDUFBA em Salvador.

segunda-feira, 11 de junho de 2007

COMPÓS


UTP lança blog do Encontro de 2007

Além do site oficial do Encontro da Compós de 2007, a equipe da UTP (Universidade Tuiuti do Paraná/Curitiba) disponibiliza também ao público interessado um blog do evento, que acontece entre os dias 13 e 16 de junho. No novo endereço, os visitantes poderão conferir informações sobre cada GT e seus respectivos trabalhos, além de dicas sobre a cidade. O blog é preparado pelos alunos do Mestrado e Comunicação e Linguagens da UTP e traz detalhes sobre pontos turísticos, transporte, agenda cultural, entre outras curiosidades. O objetivo também é responder às dúvidas e perguntas relativas ao evento, incentivando um diálogo e uma troca de idéias entre os participantes.


A COMPÓS - Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação - foi fundada em junho de 1991, em Belo Horizonte, a partir da iniciativa de alguns pesquisadores e representantes de Cursos de Pós-Graduação existentes, com o apoio do CNPq. É uma sociedade civil, sem fins lucrativos, congregando como associados os Programas de Pós-Graduação em Comunicação em nível de Mestrado e/ou Doutorado de instituições de ensino superior públicas e privadas no Brasil. A COMPÓS tem como objetivos principais o fortalecimento e qualificação crescentes da Pós-Graduação em Comunicação no país; a integração e intercâmbio entre os Programas existentes, bem como o apoio à implantação de novos Programas; o diálogo com instituições afins nacionais e internacionais; o estímulo à participação da comunidade acadêmica em Comunicação nas políticas do país para a área, defendendo o aperfeiçoamento profissional e o desenvolvimento teórico, cultural, científico e tecnológico no campo da Comunicação.