sábado, 9 de junho de 2007

ENSINO DE COMUNICAÇÃO E MERCADO: AVALIAÇÃO E PERSPECTIVAS


Uma grande mesa redonda com 6 participantes foi formada no auditório da Facom. O público pequeno, mas atento.O mediador professor Luis Nova(UFRB) decide abreviar as palestras e o material trazido teve que ser resumido para adequação ao tempo.A conclusão unânime foi a de que o mercado de comunicação está estagnado, os cursos oferecidos crescem sem parar e os formandos tem que partir para criar seu próprio negócio ou se colocar numa assessoria de comunicação , único viés em expansão.O primeiro palestrante foi o professor Carlos Franciscato da Universidade Federal de Sergipe(UFSE) que constatou o baixo piso no estado ( R$800,00) e falou da luta sindical para manter as 5 horas de trabalho ,pois o jornalista para sobreviver precisa de 2 trabalhos.Afirmou que o mercado em Sergipe está estagnado contando com novecentos jornalistas e destacou como mercado potencial a internet.Em seguida falou o professor Alfredo Viana, da Universidade Federal de Pernambuco(UFPE) que afirmou existirem 14 cursos em funcionamento no estado formando 400 alunos/ano o que evoca uma saturação.Fez um resumo dos principais periódicos de Pernambuco e diz existirem vagas apenas no interior ou nas assessorias de imprensa.Mudou-se o cenário para o Ceará e foi a vez da Dra. Erotilde Honorio da Universidade de Fortaleza(a única palestrante de uma universidade privada) que colocou que a situação no estado é a mesma dos outros estados nordestinos.Ela revelou existirem 7 cursos no estado e questionou o futuro destes já que o mercado não absorve todos os formandos.Como exemplo citou a Universidade Federal do Ceara que este ano não fará vestibular para o curso de comunicação.A média salarial é de R1200,oo.Segundo a Dra. Rossana Gaia do CEFET de Alagoas a situação é diferente em Alagoas, com um piso salarial de RR$1837,00 conseguido através de muita organização sindical e luta.De acordo com a palestrante a tendência são os sites diferenciados.Por último falou o Dr. Messias Bandeira, da Faculdade de São Bento de Salvador.Ele afirmou que o aluno deve investir na sua formação, participando de cursos, palestras e procurar brechas no estagnado mercado. Afirmou existirem agora 60 vagas para jornalismo na ONU, inclusive postos com necessidade de fluência em português.Segundo o Dr.Bandeira é preciso dessacralizar o ensino, superando o "ensino do apostolado".Segundo ele é preciso derrubar os dogmas.Também falou que o aluno deve exigir do professor o conhecimento do mercado.Para finalizar o mediador professor Luis Nova disse existir 30 cursos de comunicação na Bahia formando muito mais alunos do que o mercado pode absorver.Afirmou que a universidade deve ser um centro produtor de conhecimento e constatou a dificuldade de adequar a grade das federais a novas realidades, devido a burocracia.Finalizadas as palestras foi iniciado um curto debate onde ressaltamos a presença de uma filósofa (não se identificou) que disse sentir falta nas universidades do incentivo ao empreendedorismo do aluno. Ela acredita ser esse o caminho para os formandos.Foi uma ótima oportunidade de conhecer o mercado nordestino e ficamos com a idéia que o mercado está estagnado então cabe ao aluno achar brechas para se colocar no mercado.

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